Thursday, February 23, 2012
Reciclagem virtual para maquinistas
Os maquinistas guipuzcoanos de Renfe estão de estréia. E não se trata de uma locomotiva nova. Estes dias estão engajados num traqueteio virtual, aos comandos de um moderno simulador de condução. Como se fosse o videogame mais sofisticado, o sistema recria detalhadamente os controles da cabine, a estação e o trajeto habitual por onde passa o comboio. Falando em recriar, escutamos até o apito do chefe da estação anunciando a partida do trem. Mas não é um brinquedo. Nem de longe. O simulador é uma ferramenta profissional projetada para a reciclagem profissional dos condutores ferroviários de Guipúzcoa e para sua formação em sistemas de segurança. E tem selo guipuzcoano. A empresa Lander, com sede em San Sebastian, foi responsável pelo seu desenho e criação.
O novo simulador instalado na estação de Adif em Irun faz parte da nova rede de postos de condução virtual que Renfe vai instalar em treze pontos de todo Estado e que completa o serviço dos centros de formação existentes. O de Irun é o primeiro a ser instalado e por ele passarão 70 maquinistas. De sua formação são responsáveis os chefes dos maquinistas: Fernando Martínez, David Rodríguez e José Luis Vizcaíno.
Os cursos de reciclagem já começaram. Conforme explica Martínez, responsável pelos cursos no simulador, «Até então, os maquinistas tinham que viajar para Miranda de Ebro e Bilbao para realizar os cursos de formação nos centros de formação que possuíam simuladores». A partir de agora, já não será necessário, pois receberam as aulas sem sair de Guipúzcoa. «Eles estão muito felizes com a mudança».
O simulador recria 800 quilômetros de linhas férreas, 600 das quais são reais. Assim, entre outros cenários aparece a rota das proximidades de Santander ou a saída do AVE em Atocha, explica Máximo Yanguas, técnico de Formação.
Em cada teste, é escolhido o tipo de trem para conduzir e as telas táteis do simulador mudam para recriar a cabine em questão. Inicia-se o teste. O motorista posiciona-se no simulador, coloca o trem em marcha e o instrutor dirige um trajeto no qual deve-se aplicar a teoria e os novos sistemas de segurança existentes. No teste, há todos os tipos de ocorrências, «desde neve ou neblina, até um carro que cruza o caminho». Cada teste é registrado na estação de controle central localizado em Madri.