Thursday, July 13, 2017
A viagem da ferrovia à tela
Mesmo sendo um elemento cotidiano da vida de muitas pessoas que, diariamente, se deslocam aos seus diferentes destinos, de milhões de viajantes que escolhem os trilhos para suas viagens de lazer e também um elemento comum no transporte de todo tipo de produtos, não faz muito tempo que a ferrovia, tal como a conhecemos hoje, deu seus primeiros passos. Ela surgiu no final do século XVIII, mas foi no século XIX que, graças à locomotiva a vapor, os trilhos começaram a se tornar, cada vez mais, o suporte de um meio de transporte revolucionário, que continua revolucionando, atualmente, o mundo inteiro.
Durante os séculos XIX e XX, muitos artistas ficaram fascinados pelo gigante de ferro e dedicaram uma grande parte de suas obras a retratar a realidade ferroviária e, sobretudo, a vida à sua volta: as cabines de passageiros, com sua tranquilidade e silêncio, as estações, itinerários emblemáticos de seus países e todos os lugares onde os trens deixavam a sua marca. Dentre esses artistas estão pintores como Claude Monet ou Edward Hopper, cujas pinturas dedicadas à ferrovia são quase incontáveis, ou Camille Pissarro e Vincent Van Gogh, dos quais também é possível encontrar uma grande coleção de obras. Também não podemos esquecer do famoso “Le Chemin de Fer” de Manet ou de obras mais abstratas, como “Le temps traversé” de René Magritte ou a “Osificación prematura de una estación de tren” de Salvador Dalí.
Por último, e não menos importante, podemos destacar a obra “Estación de tren” da pintora espanhola Laura Esteban. Seu quadro faz parte do livro “Mi Casa Negra” que conta a viagem de volta à casa de seu protagonista após muitos anos na guerra.
O trem fascinou e continua fascinando pessoas de todas as origens e profissões, em todos os lugares do mundo. Os artistas, como não podia deixar de ser, não ficaram alheios a um meio de transporte que é a motivação e a vida de milhões de pessoas todos os dias.